top of page
  • Foto do escritorJunji

Da Ásia pra Europa

Atualizado: 17 de mai. de 2018

Okay, esse é um ótimo jeito de começar o primeiro post no blog depois de... cofcoftresanoscofcof, mas enfim...


Como a maioria dos meus amigos já devem estar sabendo, eu decidi sair do Japão depois de viver na terra nipônica por sete anos. “Uau, como ele teve coragem?", vocês devem estar se perguntando. Mas nem tudo são flores quando suas ambições e filosofia de vida se batem de frente com a sociedade onde você está vivendo. Tudo depende apenas de equilíbrio e, quando se coloca os pesos na balança, a gente sempre escolhe o que é mais precioso para a gente, não?

Entretanto, esse não é o motivo de ter me inspirado a escrever esse post. Depois de muitos anos morando na Ásia e não me sentindo à vontade em voltar para o Brasil, o universo parece finalmente ter aberto umas portas para mim e de ter me dado a oportunidade de traçar planos para me mudar para a Suécia (não, eu não quero virar um Viking). Com toda essa reviravolta na minha vida, cá estava eu pensando: começarei e estudar a língua sueca em setembro, mas o meu processo de mudança já está ocorrendo desde agora.... Por que não então documentar toda a minha trajetória em posts no blog? Brilhante ideia!


Com tudo arrumado, eu já tinha planos de escrever mil posts enquanto eu aproveitava a fantástica e confortável poltrona da classe econômica, cujo luxo se compara à uma lata de sardinha cheia. Tudo iria ocorrer de acordo com os planos se o inesperado não acontecesse... Peguei um diabos de um tal de norovírus, ou worm vomiting bug, ou simplesmente “maldição do capeta”.


Estava com a passagem marcada para viajar na terça feira. Qual a brilhante ideia que o Junji tem antes de ter uma viagem super longa e desconfortável? Sim, comer ostra. Bem feito pra mim, peguei minha merenda. E como se não fosse demais, quando me mudei para o Japão em 2011, tive os mesmos sintomas. Vômito, sensação de pé na cova, falta de apetite e disenteria num nível de bitches, Junji is Coming for Game of Thrones. Passei o dia anterior à viagem inteira dormindo e consegui bater meu recorde de sono com vinte e oito horas na cama como um fantoche mal costurado. E se não bastasse, o efeito dos remédios que me deram são tão bons que me fizeram dormir outras boas dez oito horas no vôo de Tokyo para Doha. Não que eu esteja reclamando do fato de ter apagado pela metade do trajeto. Um fato positivo no meio desse caos todo.


Tudo valeu a pena, pelo menos. Ter finalmente chegado na Escânia e conseguir aproveitar a Páscoa com amigos foi impagável. Ainda tenho muito que explorar da cultura nórdica, mas de acordo com as minhas duas visitas anteriores em agosto e dezembro, os pontos positivos estão somando-se mais do que os negativos. Um dia ainda comentarei dos pontos positivos e negativos do Japão. Ah, e por favor, não me levem a mal. Pela introdução do post, aparenta que eu repulse a terra dos meus avós como se fosse uma paixão. Muito pelo contrário, eu adoro o Japão, aprendi muito e amadureci bastante nos sete anos que morei lá. A experiência de se ter morado num dos países mais desenvolvidos do mundo e de ter tido a oportunidade de ter conquistado minha educação na universidade de Kyushu é imensurável. Encorajo quem esteja interessado em aventurar-se no outro lado do planeta, mas, como já disse lá em cima, meus valores éticos e os valores sociais japoneses se divergem em direções opostas, e isso não iria me trazer ganhos pessoais, profissionais ou emocionais.


Qualquer dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário em baixo!

57 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo

1 Comment


Camila Souza
Camila Souza
May 25, 2018

Eu quero virar Viking! Me ensina a virar Viking, pls! XD

Like
bottom of page